quinta-feira, 26 de março de 2015

Na cidade ao lado.

Do outro lado do mar,
Bem ali, pertinho daqui,
Mas não tão perto assim.
Lá mora um rapaz,
Um alto e lindo rapaz.
Repleto de medos,
Cheio de lembranças,
Um rapaz amargurado.
Foram apenas amores...
Um coração meio vazio.
Uma mente um pouco cheia.
Uma vida ocupada.
Mas é de noite que tudo fica vazio,
Tudo se acalma, desocupa.
Ei, me deixe ver este espaço em branco?
Me deixa escrever o meu nome e o seu nele?
Parece loucura pra você?
Estamos tão perto,
E as vezes tão distantes.
Assustador, não?
Não faz parte de revistas,
Mas eu adoro tentar ler.
Grite. Chore.
E eu estarei aqui!
Fico ali...
Do outro lado da cidade,
Do outro lado do mar.
Que costuma ser da cor dos seus olhos.
Não tão longe,
Mas nem tão perto.

Deixei cair.

Flores, cartas, mensagens...
Eu jurava que era nosso!
Amor, promessas, planos...
Eu cheguei a acreditar em nós!
Estrelas, noites, luas...
Acreditei em cada fase.
Eu disse "sim", você concordou!
Minha mão, sua mão...
Eramos um só!

Esqueci meu juízo no metrô!
Voltando pra casa despedacei meu coração...
Era pra você juntar!
Agora estou despedaçada,
Desmoronando!
C A I N D O...

Era pra sempre...

Quantas vezes
ouvi isso?
Eu escrevi seu nome!
Mentiras, quantas mais?
Brigas, festas, palavras...
Essa era a resenha da nossa atual vida.
Você ama jogar, não é?
Eu sou seu jogo favorito...
Pena que me auto destruí.

Loucuras, paixões, fetiches...
Você surtou?
Amigas, brincadeiras, outras...
Achou que ia acreditar?
Eu surtei?
Você disse que a culpa era minha.
Eu sei, eu sei,
Apenas assuma!

Cai. Chorei. Ainda dói...
Deixei a lágrima cair.
Mas eu tentei e você?
Uma vida, sonhamos uma vida...
E agora rapaz?

Deixei meu juízo no metrô.